quarta-feira, 15 de agosto de 2007

1. A que horas vai passar o meu programa favorito? Em que canal?


Sobre a interação dos sujeitos nas interfaces (suportes, meios) de compartilhamento de vídeo na Internet e como acontece. compartilhamento de vídeos na Internet e televisão postos em comparação como paradigmas de comunicação. YouTube, sua popularidade e méritos, e outros sites com inovações incrementais.


Essas perguntas eram pertinentes à realidade de difusão que imperou desde o século passado. Esperava-se o programa de rádio. Reunidas na sala, ao som chiado do rádio valvulado, famílias faziam silêncio para receber as notícias do país e do mundo. A imagem em movimento migra das grandes telas do cinema para um novo móvel da casa com o surgimento da televisão. Novamente a família se reúne, em silêncio, para ver no jornal vespertino apresentar as notícias do dia. Tempo passado já se pode trocar o canal sem levantar do sofá. A programação segmentada de canais de TV por assinatura provocam batalhas pelo controle remoto da televisão. Porém ainda o silêncio impera na hora de ver televisão.

Qualquer sujeito com um computador, uma câmera (ou webcam) e acesso a internet, em poucos minutos, pode ingressar, assistir e protagonizar o discurso nesse novo meio. Com serviços de compartilhamento de vídeos a imagem em movimento e sua difusão migram da mídia de massa para ocuparem um espaço mais ordenado na rede. Disponibilizar os vídeos online é a espinha dorsal desses serviços, contudo diversos outros recursos se associam a estes itens proporcionando um ambiente de comunicação totalmente diferente da mídia massiva que comumente apresenta imagens em movimento e que serviu de inspiração para tais serviços, a televisão. Nessa pista duplicada de informação passa a figurar o embed player ou embedded player, visualizador embutido que estende a publicação dos vídeos hospedados nos serviços para qualquer outra página da rede.

Nesse ensaio advoga-se que a relação dos sujeitos como a imagem em movimento mudou e que o paradigma de comunicação dos sites de compartilhamento de vídeos é fundamentalmente diverso ao seu par antecessor. Acredita-se que essa nova maneira de interagir através das imagens em movimento diverge das anteriores por quebrar o silêncio da sala e trazer a voz do público ao centro do discurso. Traça-se então um paralelo dos conceitos de Primo para a interação interpessoal nesses sites.

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